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Testeira

O que fez Portugal perder o seu lugar como potência marítima?

Força marítima nos séculos passados, o país europeu era destaque ao desbravar os oceanos

Fabiano de Abreu* Publicado em 14/01/2023, às 19h55

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Imagem ilustrativa de bandeira de Portugal - Getty Images
Imagem ilustrativa de bandeira de Portugal - Getty Images

Durante os séculos 15 e 16, Portugal (a par da Espanha) foi uma das grandes potências marítimas a nível mundial dominando rotas comerciais e estabelecendo colónias ao redor do globo. No entanto, perderam esse estatuto com o tempo e existem uma série de razões para tal ter acontecido.

A primeira delas foi ter perdido o herdeiro legitimo ao trono e assim ter entrado numa era politica extremamente instável. Depois do Rei D. Sebastião ter desaparecido em batalha no norte de África, as espanhóis reclamaram o trono e ficaram no poder entre   1580-1640, a chamada dinastia Filipina. 

Outro evento de grande magnitude foi o terramoto de Lisboa de 1755 que destruiu a capital quase por completo e deixou milhares de baixas humanas. Tudo isto associado com o facto de o ouro que vinha do Brasil ter decaído muito foram causas mais que suficientes para entrar numa enorme crise económica. 

Praticamente uma década depois, em 1806 Portugal viria a sofrer três invasões por parte da França (com Napoleão) sendo que nessa altura toda a corte portuguesa se muda para o Brasil descentralizando a capital com prejuízos para o território europeu. Entretanto, em 1822 Portugal perde o Brasil o que foi mais um duro golpe económico e estratégico. Ao nível político, vivia-se um clima de grande instabilidade e luta, culminando com a instauração da primeira república em 1910.

Perda de força

O fim da monarquia não resolveu toda a instabilidade. Durante o período denominado de Primeira República que teve uma duração de 16 anos estiveram à frente do país 45 governantes.  Este período teria o seu fim com o golpe de 28 de maio de 1926, que deu origem à Ditadura Militar, mais tarde Ditadura Nacional e posteriormente Estado Novo.

Ainda durante a Primeira Républica começa a Primeira Guerra Mundial, em 1916, conflito no qual Portugal entra na tentativa de manter os outros territórios ultramarinos.

Em 1961, começa a guerra colonial ou a chamada Guerra do Ultramar, que devasta Portugal tanto a nível económico como a nível humano. Este período só viria a terminar em 1974 com o fim da ditadura e com a libertação das colónias. Portugal mantem apenas os territórios de Macau que acaba por entregar em 1999.

Ou seja, no século XX quando a Europa estava num período de expansão, o Estado Novo que se apresentava como um regime tradicional e em que a industrialização não era uma prioridade, Portugal fecha-se ao mundo exterior e tenta conservar as suas colónias a todo o custo mesmo com a realidade a mostrar que a economia não o conseguia suportar.


Sobre o autor

Fabiano de Abreu Rodrigues é um jornalista com Mestrado e Doutorado em Ciências da Saúde nas áreas de Neurociências e Psicologia pela universidade EBWU nos Estados Unidos e na Université Libre des Sciences de l'Homme de Paris. Ainda na área da neurociência, pós-graduação na Universidade Faveni do Brasil em neurociência da aprendizagem cognitiva e neurolinguística e Especialização em propriedade elétricas dos neurônios e regiões cerebrais na Universidade de Harvard nos Estados Unidos.

Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal, Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, membro da Unesco e Neuropsicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise Clínica. Especialização em Nutrição Clínica e Riscos Psicossociais pela TrainingHouse de Portugal e Filosofia na Universidade de Madrid e Carlos III na Espanha. 

Integrante da SPN - Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC - Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS - Federation of European Neuroscience Societies - PT30079 e membro da Mensa, sociedade de pessoas de alto QI com sede na Inglaterra.


**A seção 'coluna' não representa, necessariamente, a opinião do site Aventuras na História