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Notícias / Cientistas

Cientistas da Suíça revertem paralisia da medula espinhal a partir de gene de camundongos

Estudo publicado nessa quarta-feira, 9, é considerado "um avanço clínico fundamental" pelos cientistas

Redação Publicado em 10/11/2022, às 15h49

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Paciente em testes - Divulgação / EPFL
Paciente em testes - Divulgação / EPFL

Cientistas da Suíça descobriram um tratamento inovador que tem como objetivo reverter o quadro de paralisia por lesão na medula espinhal. Nove pacientes que possuiam essa condição voltaram a andar após serem submetidos aos novos procedimentos. Os resultados da pesquisa foram publicados na quarta-feira, 9, pela revista Nature.

Os estudos foram realizados a partir da análise de uma família de neurônios em  camundongos que expressam o gene Vsx2. No caso dos animais, o gene não possuiu nenhuma função motora, porém, no caso dos humanos, esse conhecimento foi essencial para traçar a recuperação dos movimentos. 

Assim, a equipe desenvolveu uma espécie de mapa 3D da medula espinhal e, pela primeira vez, conseguiram visualizar a atividade da medula de um paciente enquanto ele caminhava. 

Para Grégoire Courtine, uma das autoras do estudo e professora de neurociência da EPFL (Escola Politécnica Federal de Lausanne), o modelo funciona para recuperar as funções motoras: 

Nosso modelo nos permite observar o processo de recuperação com granularidade aprimorada — no nível do neurônio".

Outros avanços 

Em outra etapa, a professoraStéphanie Lacour, também da EPFL, desenvolveu em laboratório implantes adaptados com emissores de luz, que permitiram a identificação e remodelação dos neurônios ativados na medula durante a movimentação dos membros inferiores.

Nesse segundo processo, os pacientes conseguiram se levantar e andar pela sala, fato que indica a reconstituição de seus músculos a partir da conclusão da nova terapia. 

Mesmo com o desligamento da estimulaçao elétrica, a capacidade motora dos indivíduos foi conservada, afirmam os autores do estudo. Dessa forma, segundo eles, as descobertas representam um grande avanço na reabilitação dos pacientes que hoje não conseguem andar.

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