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Matérias / Personagem

Sobreviveu ao coronavírus: A incrível história da segunda pessoa mais velha do mundo

A feira Lucile Randon contraiu a doença no início do ano e, mesmo com idade avançada venceu o vírus

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 12/06/2021, às 09h00

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Irmã Andre - Divulgação/CNN
Irmã Andre - Divulgação/CNN

No dia 8 de fevereiro deste ano uma noticia vinda da França surpreendeu o mundo todo: uma senhora com idade bem avançada e que havia contraído Covid-19, estava plenamente recuperada.

O caso impressionante foi amplamente divulgado e pessoas de todas as partes se atentaram para a história de vida inspiradora da idosa, desde sua infância difícil até a vitória sobre a doença.

Surto de Covid

É na casa de repouso Sainte-Catherine-Labouré, na cidade francesa de Toulon, em que vive irmã André, como é chamada a supercentenáriaLucile Randon. Também foi lá, conforme informações da CNN, em que ela e mais 80 idosos acabaram contraindo a Covid-19 em janeiro.

Infelizmente, parte deles teve complicações com a doença, sendo que dez acabaram vindo a óbito.

O que nos impressiona, porém, é que todas as pessoas que viviam no lar eram bem mais jovens do que a freira e, mesmo assim, ela conseguiu se recuperar sem ter apresentado qualquer sintoma.

Na época, ela estava prestes a completar seu décimo sétimo aniversário, que ocorreria no dia 11 de fevereiro.

Irmã André / Crédito: Divulgação/Facebook/St. Mary's Church

A mulher mais velha da Europa

A mulher que fica atrás somente da japonesa Kane Tanaka, 118, em termos de longevidade, declarou à imprensa francesa que o mais difícil durante o período em que esteve em quarentena, ao longo de 16 dias, foi a solidão. 

Em entrevista ao jornal Var Martin, David Tavella, quem faz parte da equipe de profissionais do lar para idosos declarou ser 'muito apegado' à freira. Ele ainda afirmou que a idosa não demonstrou temer a doença, mas estava preocupada com os demais moradores da instituição.

"Ela não me perguntou sobre sua saúde, mas sobre seus hábitos. Por exemplo, ela queria saber se as refeições ou a hora de dormir mudariam. Ela não demonstrou medo da doença. Por outro lado, estava muito preocupada com os outros residentes", declarou Tavella, de acordo com uma matéria da BBC.

Infância difícil e início da vida religiosa

Apesar de longeva, a vida de Lucile foi marcada por momentos conturbados. Como nasceu em 1904, a freira presenciou inúmeros acontecimentos históricos como o pontificado de 10 papas e duas grandes guerras.

Lucile quando criança, no ano de 1904 / Crédito: Domínio Público/Archives de Cros

E foi justamente durante a Primeira Guerra Mundial que se deu o período mais difícil de sua vida. Conforme declarou à imprensa francesa, ainda que fosse muito jovem na época, ela se lembra de ter socorrido parentes durante o conflito e que teve graves ferimentos.

Mais tarde, quando tinha 19 anos, Lucile se converteu ao catolicismo. Contudo, foi apenas aos 40 que entrou para a organização religiosa Filhas da Caridade, na qual permanece até hoje.

Foi nesta época em que ela começou a se dedicar aos cuidados de órfãos e idosos que viviam no Hospital de Vichy, instituição em que trabalhou durante 28 anos.

Uma freira segura um terço / Crédito: Getty Images

No lar para idosos

Foi aos 105 anos que ela se mudou para Toulon, onde desde então vive no lar para idosos. Infelizmente, nos últimos anos ela acabou perdendo a visão e passou a precisr de uma cadeira de rodas para se locomover.

Apesar desses problemas de saúde, irmã André é uma mulher totalmente lúcida. E para quem que saber o segredo para a longevidade, a freira tem a resposta: "Tomar um pouco de chocolate todos os dias". 

Segundo o jornal Var-Martin, a supercentenária ainda brincou em entrevista: “Que o bom Deus não seja tão lento para me fazer esperar. Está exagerando...”. A bem-humorada freira declarou, por fim, que sua "felicidade diária está no fato de ainda poder rezar".


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