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Matérias / Personagens

Vida reservada e grandes investimentos: como vivia Jakob Fugger o segundo homem mais rico da História

Atualmente, a fortuna do banqueiro seria maior que a de Bill Gates e até mesmo Mark Zuckerberg

Penélope Coelho Publicado em 12/05/2020, às 17h39

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Pintura de Jakob Fugger - Wikimedia Commons
Pintura de Jakob Fugger - Wikimedia Commons

Já imaginou como seria juntar as fortunas de alguns dos homens mais ricos do mundo e ainda ter mais dinheiro que eles? Pois essa foi a realidade revelada quando um biógrafo decidiu somar todos os bens do antigo banqueiro alemão, Jakob Fugger.

Embora seu nome seja quase desconhecido, Fugger, foi um dos homens mais ricos da História, ficando atrás somente do imperador Mansa Musa. Em livro lançado no ano de 2015, o biógrafo e ex-editor do Wall Street Journal, Greg Steinmetz, afirmou que a fortuna do renascentista foi avaliada em 400 bilhões de dólares, uma quantia superior à fortuna de magnatas como Bill Gates, Carlos Slim e Mark Zuckerberg e Warren Buffet.

O homem, que ganhou o apelido de "o Rico", foi o banqueiro mais influente da história e seus atos não foram poucos. Jakob veio de uma família de mercadores e em poucas décadas, ampliou os negócios dos Fuggers, por toda a Europa. Para estudiosos, a origem da fortuna iniciou-se no mercado têxtil e se expandiu até a extração de minérios. Aos 14 anos o garoto já liderava os negócios.

Seu casamento com Sybille Artzt, filha de um grande comerciante de Augsburg, na Alemanha, representou um episódio que rendeu mais prestígio, fazendo com que sua posição social fosse ainda mais elevada.

Contribuições de Fugger

Provavelmente, a história da Europa não seria a mesma sem a influência monetária de Jakob. Com o passar dos anos, ele ficou conhecido como um homem discreto e de gostos comuns.

Jakob Fugger, com seu contador, em obra de 1517 / Crédito: Wikimedia Commons

Dentre seus maiores feitos, a criação de poupanças — bem parecidas com aquelas que conhecemos hoje em dia —, se destaca. Foi ideia dele também a elaboração da primeira multinacional, além de ter comercializado especiarias, sendo um dos pioneiros no sistema capitalista.

Investimentos

Fugger também criou um sistema de notícias inicial, sem saber que isso viria a influenciar a imprensa. O objetivo era ter acesso a algumas informações antes de seus concorrentes, por isso, o banqueiro pagava para que mensageiros relatassem as atividades econômicas e sociais das cidades que o cercavam. E foi além com a fortuna que tinha. 

Quando Fugger tinha 33 anos, Cristóvão Colombo havia acabado de descobrir a América, o influente banqueiro se interessou pelo assunto e resolveu financiar aquela que ficou conhecida como a primeira viagem para a índia, além de ter bancado a expedição de Fernão de Magalhães, ao redor do mundo.

Ele também teve um papel fundamental na Reforma Protestante, já que um de seus maiores negócios com o Vaticano foi a venda de indulgências, um dos pontos mais criticados por Martinho Lutero.

Desconhecido

Depois de tantos feitos, por qual motivo o nome de Jakob Fugger ainda é tão inexplorado? Para Steinmetz, em reportagem divulgada na BBC, não existe somente uma causa, e sim a junção de vários pequenos aspectos.

O primeiro deles é o fato de Jakob ser alemão e ter feito sua riqueza longe dos grandes centros. Até então, sua história não tinha sido traduzida para línguas básicas como o inglês.

Para Greg, a principal razão foi a personalidade de Fugger; Ele era um homem mais reservado e apesar de todo o seu dinheiro, não gostava de chamar atenção. Por isso, Jakob não tentou se tornar alguém notório. Não demonstrou vontade de administrar cargos políticos, nem construiu grandes palácios ou templos.

Retrato de Jakob Fugger e Sibylle Artzt, pintado provavelmente no ano de 1500 / Crédito: Wikimedia Commons

Mesmo que seu legado tenha sido de extrema importância para a história mundial, pouco se fala sobre seus atos. E os créditos muitas vezes, não foram para ele.

Fugger faleceu em 30 de dezembro de 1525, aos 66 anos. Ele não teve filhos com Artzt e por isso, seus negócios foram entregues aos descendentes mais próximos, os sobrinhos Raymund e Anton — que já dirigiam bem a empresa do tio. Em 1546, por exemplo, Anton conseguiu o feito de duplicar a fortuna da família.

Na Alemanha, sua herança permanece. Trata-se de um projeto de habitação social intitulado Fuggerei, que fica na cidade de Augsburg.


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