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Há 60 anos, a morte de Marilyn Monroe abalava Hollywood

A sombria morte da atriz e modelo ícone de Hollywood virou documentário, que levantou possibilidades sinistras sobre os fatos acontecidos

Daniel Bydlowski, cineasta Publicado em 28/04/2022, às 09h22 - Atualizado em 04/08/2022, às 10h26

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Material de divulgação de ‘O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas' - Divulgação/ Netflix
Material de divulgação de ‘O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas' - Divulgação/ Netflix

De órfã a queridinha do mundo. Marilyn Monroe sobreviveu aos lares adotivos, abusos infantis e violência, mas talvez não tenha resistido a uma teoria conspiratória. Após uma dura infância, não é segredo para ninguém que ela se tornou um ícone, um sexy symbol, que talvez não tenha sido superada até hoje, após 60 anos de sua morte, completados em 4 agosto de 2022.

Porém, antes de falarmos do documentário que traz alguns áudios inéditos, Marilyn iniciou sua jornada como modelo até se transformar em um ícone, logo depois conquistou pequenos papéis em filmes como ‘A Malvada’ e ‘Sempre Jovem’.

E após ser desejada pelo mundo inteiro, conseguiu grandes campanhas publicitárias e aclamação das críticas como protagonista em longas como ‘Só a Mulher Peca’ e ‘Quanto mais Quente Melhor’. Ao todo, foram 34 papéis e 15 premiações, incluindo dois Globo de Ouro e dois BAFTA.

Mas, assim como o começo de sua história, o percurso de sua fama versus vida pessoal também não foi feito apenas de glória. Casamento conturbado, amantes, abortos, ligação com o comunismo, exposição sexual e abuso de drogas foram temas constantes de especulações da imprensa.

Sua vida, assim como a de muitos artistas, era exposta a partir de verdades e mentiras o tempo todo, deixando cada vez mais difícil para seus fãs separarem o que era fato e o que era fake.

Porém, mais conturbada que sua vida, foi sua morte. Com direção de Emma Cooper, ‘O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas', documentário exibido pela Netflix e baseado em recortes do livro de Anthony Summers, ‘Marilyn: as vidas secretas de uma deusa’, traz a reabertura do caso da morte de uma das maiores estrelas de Hollywood e nos deixa com a sensação de que jamais saberemos a verdade. Porém, no íntimo, todo mundo tem uma perspectiva “verdadeira” do que aconteceu.

Com gravações inéditas, a narrativa mostra a reconstituição de seus últimos dias e horas trazendo novamente à tona o questionamento se a estrela se suicidou ou se foi assassinada.

Os legistas trouxeram à época a confirmação científica que havia grandes quantidades da substância barbitúrica em seu sangue, a polícia apresentou frascos de comprimidos vazios encontrados na cena de sua morte. Mas para as teorias conspiratórias, isso não basta.

O documentário revela que após 20 anos do fatídico dia, uma investigação foi aberta em busca da verdade. Pessoas foram ouvidas e alguns fatos se revelaram a favor da teoria conspiratória de que ela foi assassinada.

Material de divulgação de ‘O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas'/ Crédito: Divulgação/ Netflix

Porém, ‘O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas' é uma união de rumores, palavras soltas com licenças poéticas que pouco prende a atenção dos espectadores. O ponto alto é seu suposto relacionamento com dois dos irmãos Kennedy e a reunião dos áudios com as vozes reais e atores intérpretes de John Huston, Jane Russell e Billy Wilder, que na visão do autor investigativo, Anthony Summers, pouco foram investigados.

Traz também a questão do envolvimento de Marilyn com o comunismo, o medo diante à Guerra Fria, com especulações de bombas nucleares, fatos que insinuam, de forma superficial e não impositiva, que pode ter algum envolvimento com sua morte.

Ainda, unido ao fato de ser mal visto um presidente envolvido com uma suposta comunista, chamou a atenção para a versão do assassinato. Porém, essas teorias, segundo diversos jornalistas investigativos, são pouco prováveis.

Mas o documentário também tem a intenção de evidenciar o paradeiro de Robert Kennedy na noite da morte da atriz, e muitas pessoas corroboraram que ele estava em Los Angeles, cidade do provável suicídio, na casa de um cunhado.

E, ainda, os áudios inéditos dizem que insistiu para que Marilyn o encontrasse, além de uma discussão calorosa, que muitos disseram ter ligação com o suicídio, ou mesmo morte acidental por ingestão de substância.

Diante disso, além de levantar questões já massacradas pela imprensa que nos fazem pensar, um dos questionamentos de ‘O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas' não seria exatamente como ela morreu, mas sim quando. E sugere que foi antes do horário divulgado, dando tempo para a equipe Kennedy limpar as provas do envolvimento entre a atriz e os irmãos.

Com a vantagem de ver unido em um só documentário todos os fatos que foram especulados pela mídia e alavancaram as mais incríveis possibilidades de morte de uma das maiores estrelas hollywoodianas já vista, Emma Cooper não conseguiu trazer muitas coisas novas. Porém, para o espectador saber que não está sozinho em mais uma teoria conspiratória e que os fatos foram, de certa forma, investigados pela imprensa, traz um pouco de consolo.

O documentário, sem sombra de dúvidas, vale a audiência, no entanto, não há muito para se esperar quanto a resoluções misteriosas.