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Desventuras / Brasil

Como mortes em navios negreiros modificaram a rotina dos tubarões

Em estimativa feita por Laurentino Gomes, as baixas em navios negreiros atraíam até mesmo os cardumes dos predadores

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 08/12/2021, às 14h36

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Montagem com retratação de navio negreiro e tubarão - Getty Images
Montagem com retratação de navio negreiro e tubarão - Getty Images

O tráfico humano nos navios negreiros não apenas surpreendem pela crueldade que manchou parte da história brasileira com o sangue, mas também, por seus dados levantados ao longo dos anos por pesquisadores e historiadores.

Sendo considerado o maior território escravista do hemisfério ocidental, o escritor Laurentino Gomes, autor de Escravidão, explicou a vasta prática em entrevista, no ano de 2019, ao jornalista Pedro Bial, estimando que, somente em terras tupiniquins, existiram quase 5 milhões de escravizados africanos.

Contudo, o fim da prática no papel, interrompendo o tráfico negreiro, se deu somente em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós, e tornando crime a escravidão em 1888, com a Lei Áurea. Justamente por tal atraso em relação a outras nações, alguns números surpreendem pela cobertura durante o período.

Mortes recordistas

De acordo com estimativa do autor, as saídas de escravos provenientes da África para diversos países totalizou aproximadamente 12 milhões e meio de seres humanos. Contudo, o número de chegadas totalizam cerca de 10 milhões e 700 mil, resultando numa baixa de ao menos 1 milhão e 300 mil durante as viagens.

Tal número de mortes chamou atenção pela frequência ao longo das duradouras expedições, como ressaltou Laurentino: “Se dividir isso pelo número de dias, dá 14 cadáveres, em média, lançados ao mar todos os dias ao longo de 350 anos”.

O autor ainda destacou uma possível mudança ambiental relacionada a estas mortes, devido ao comportamento de um dos maiores predadores do mar: “Um número tão alto que, segundo depoimentos da época, isso mudou o comportamento dos cardumes de tubarões no Oceano Atlântico, que passaram a seguir os navios negreiros”.


+Saiba mais sobre a escravidão através das obras de Laurentino Gomes. 

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