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Percepção de risco: O que influencia a compreensão da vulnerabilidade?

Referência sobre neurociência, Fabiano de Abreu desbrava a compreensão do risco em situações de perda e destruição após caso recente

Redação Publicado em 29/04/2023, às 15h00

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Haitianos desviam de destroços após terremoto - Getty Images
Haitianos desviam de destroços após terremoto - Getty Images

Há poucos dias, juntamente com um reconhecido médico angolano escrevemos e editamos um artigo intitulado "Fatores que influenciam a percepção de risco dos moradores de habitações vulneráveis: Uma revisão sistemática" tem como objetivo identificar os fatores que influenciam a percepção de risco dos moradores de habitações vulneráveis.

O tema já havia sido discutido por nós, mas ganhou mais força para ser estudado após o desabamento de um prédio residencial em Luanda na madrugada do dia 25 de março. Prédio essa datado da era colonial apresentava danos estruturais graves e ameaçava colapsar a qualquer momento mas mesmo depois de inúmeros avisos ninguém saiu. Felizmente, não houve vítimas fatais, mas o que leva alguém a ignorar o perigo dessa forma?

Os resultados da nossa discussão e pesquisa indicaram que a percepção de risco dos moradores de habitações vulneráveis é influenciada por uma série de fatores, incluindo a falta de conscientização sobre os riscos, a confiança na capacidade de resistência das construções, a falta de informação e conhecimento técnico, o medo de perder a propriedade, a falta de recursos financeiros para investir em medidas preventivas, a presença de problemas sociais e econômicos na comunidade, entre outros.

Avaliando riscos

Destacamos ainda que a percepção inadequada do risco pode levar à falta de medidas preventivas e à adoção de comportamentos inadequados em situações de emergência, o que pode aumentar o risco de danos e perdas humanas.

Portanto, é essencial que as políticas públicas e as iniciativas de conscientização considerem os fatores que influenciam a percepção de risco dos moradores de habitações vulneráveis, visando a promoção de comportamentos mais seguros e a redução dos danos em situações de desastres naturais ou humanos.

Conseguimos ainda demorar que mesmo as pessoas mais esclarecidas e com acesso a dados fiáveis muitas vezes os desvalorizam e tendem a acreditar no que mais lhes convém e a procurar dados, mesmo que forçados, para justificar as suas decisões.

Este tipo de fenômeno é extremamente interessante de ser estudado até do ponto de vista da neurociência, pois nos ajuda a posicionar em relação a comportamentos humanos que por vezes são difíceis de explicar pela lógica.


Sobre o autor

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society.