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Matérias / Personagem

A saga de Aurora Quezon, primeira-dama filipina que teve um trágico fim, há 72 anos

A primeira-dama encontrou seu fim neste dia, em 1949

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/04/2021, às 12h13

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Aurora e seu marido, Manuel Quezon - Domínio Público, via Wikimedia Commons
Aurora e seu marido, Manuel Quezon - Domínio Público, via Wikimedia Commons

Aurora Antonia Quezon era esposa do segundo presidente das Filipinas Manuel Luis Quezon, que esteve no cargo entre 1935 e 1944. Como ativista pelo sufrágio feminino, e também figura atuante por diversas causas sociais, a primeira-dama desempenhou importantes funções na história de seu país.

No entanto, sua vida não foi feita apenas dos privilégios da vida política. Quezon, na verdade, passou por momentos turbulentos como quando teve de deixar seu país em razão de conflitos entre as Filipinas e o Japão. Anos mais tarde, já de volta à terra natal, foi morta num ataque violento, enquanto realizava uma viagem. 

Exílio

O marido de Aurora iniciava seu segundo mandato na presidência do país no ano de 1941, quando os japoneses invadiram as Filipinas. Foi um período extremamente conturbado, tanto que, em fevereiro de 1942, o casal teve de partir para o exílio na Austrália, chegando aos EUA em junho daquele mesmo ano. Infelizmente, foi lá que seu marido morreu em 1º de agosto de 1944, em razão de uma tuberculose.

Logo em seguida, ela decidiu retornar às Filipinas onde atuaria, junto a suas filhas, como enfermeira da Cruz Vermelha. 

Quando chegou a seu país de origem, a ex-primeira-dama, recebeu uma pensão de 1.000 pesos, valor que seria pago pelo Congresso filipino todos os meses. Entretanto, pensando no cenário de guerra da época, ela devolveu o cheque dizendo: "Não posso, em sã consciência, receber assistência do Governo quando tantas de minhas irmãs menos afortunadas e seus filhos ainda não estão sob seus cuidados", conforme relata a Time em reportagem de 1946.

Ele chegou até mesmo a ser convidada para ser candidata ao Senado pelo Partido Liberal nas eleições de 1946, mas recusou.

Ativismo e legado

Aurora atuou durante anos pelo direito de voto das mulheres e chegou a ser presidente da Federação Nacional de Clubes de Mulheres. O sufrágio foi conquistado no ano de 1937.

Ela ainda esteve envolvida com organizações como as Escoteiras das Filipinas e a Associação de Damas Filipinas, o qual era um famoso orfanato localizado na cidade de Manila.

Quezon também chegou a ser presidente de outro orfanato, a Cruz Branca, de San Juan. Além disso, ela foi nomeada vice-presidente honorária da Sociedade Filipina de Tuberculose.

Aurora Quezon no Palácio Malacañan - Crédito: Wikimedia Commons

Em 1947, a Cruz Vermelha Filipina foi estabelecida, com apoio da ex-primeira dama, como uma organização independente da Cruz Vermelha. Foi assim que ela se tornou a primeira presidente da instituição filipina, cargo que ocupou até sua morte, aos 61 anos de idade.

A morte da primeira-dama

Era manhã do dia 28 de abril de 1949, quando Quezon partiu para a cidade natal de seu marido, Baler, onde ocorreria a cerimônia de abertura do Hospital Memorial Quezon. Ela chegou a ser avisada sobre a atuação do grupo guerrilheiro Hukbalahap, do Partido Comunista das Filipinas, na região de Luzon Central, mas ignorou o fato.

Mesmo assim, um comboio de treze veículos acompanhou a mulher, que estava com uma de suas filhas, seu genro, além de dois líderes filipinos, o prefeito de Quezon City e o chefe do Estado-Maior do Exército em seu carro.

No entanto, em determinado momento da viagem, o veículo de Quezon, que ia à frente dos demais, foi bloqueado por um grupo de homens armados, que realizaram disparos de metralhadora.

Aurora e seu marido estão enterrados no Memorial Quezon, em Quezon City - Crédito: Julan Shirwod Nueva, Creative Commons/Wikimedia Commons

Aurora, doze pessoas que a acompanhavam e mais dez agressores foram mortos. Inclusive, todos que estavam no veículo de Quezon, à exceção do general, morreram durante a ação. No fim, os assassinos fugiram com os objetos de valor das vítimas.

Na época, o Hukbalahap foi acusado de ter cometido o crime, o que sempre foi negado pelo líder do grupo, Luis Taruc. Durante a década de 1950, muitos guerrilheiros foram capturados e acusados ​​de participação no caso. As acusações, contudo, nunca foram comprovadas.


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