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Matérias / Personagem

Ana de Jesus Maria de Bragança — a última filha de D. João VI e Carlota Joaquina

Conhecida por sua independência, Ana teve autonomia na escolha de seu casamento, porém, muitos acreditam que a infanta era fruto de uma traição

Penélope Coelho Publicado em 18/06/2020, às 12h00

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Retrato de Ana de Jesus Maria de Bragança, pintado por Nicolas-Antoine Taunay - Wikimedia Commons
Retrato de Ana de Jesus Maria de Bragança, pintado por Nicolas-Antoine Taunay - Wikimedia Commons

“Uma Senhora cheia de vivacidade, de grande inteligência, que conservava vestígios de grande formosura, tinha belos olhos negros e as vistas animadas”, é assim que Ana de Jesus Maria de Bragança foi descrita pelo Princípe Félix de Lichnowsky.

A filha mais nova de Dom João VI e Dona Carlota Joaquina, fazia sucesso por sua aparência, mas, a jovem ia muito além disso e demonstrava traços fortes de independência feminina, numa época em que a vontade da mulher pouco importava. Porém, ao longo de toda sua vida, Ana viveu cercada da dúvida se era mesmo a filha do rei de Portugal e imperador do Brasil.

Primeiros anos

A primeira marquesa de Loulé nasceu em 23 de Outubro de 1806, na vila de Mafra, em Portugal. Filha de Dona Carlota Joaquina, a menina veio ao mundo no momento em que o casamento de sua mãe com o rei já estava em um nível insustentável.

Segundo as fontes históricas, o nobre já não mantinha relações sexuais com sua esposa há muitos anos. Quando os três últimos filhos de Carlota nasceram, os rumores de que eles não seriam verdadeiramente filhos de Dom João, aumentaram.

Pintura da Marquesa de Loulé / Crédito: Wikimedia Commons

Durante a união conturbada, sua mãe teve vários amantes e os relatos da época diziam que a marquesa era filha de um jardineiro, ou de um serviçal do palácio. Em 1808, ainda criança, a menina teve que partir para o Brasil junto com a família real portuguesa, devido à invasão napoleônica em Portugal.

Casamento

Já na época de se casar, Ana tomou uma atitude diferente de suas irmãs. Ao contrário delas, a moça não se casou por razões políticas e se tornou a primeira infanta de Portugal a realizar um matrimônio com alguém que não fosse da categoria real, desde a Idade Média.

Maria de Bragança casou-se em 5 de dezembro de 1827, seu marido, Nuno José Severo de Mendoça Rolim de Moura Barreto — um general, político e maçom. A cerimônia foi realizada de maneira privada, já que a união foi considerada um escândalo na época. Além disso, o casamento não foi aprovado pelo rei.

A razão pela qual os historiadores acreditam que a mulher não tenha se casado simplesmente por conveniência foi a sua gravidez, quando Ana se casou ela já estava esperando um filho, o que indica a relação íntima do casal.

Retrato de Ana de Jesus Maria de Bragança, pintado em 1826 / Crédito: Wikimedia Commons

Separação e dias finais

Após a morte de Dom João VI, as disputas pelo trono cresciam gradativamente, no entanto, Ana não tinha interesse nenhum em seguir nessa competição. Por isso, a bela decidiu se exilar com a sua mais nova família. O casal teve cinco filhos, alguns nascidos no Brasil e outros na Europa — para onde eles foram.

A infanta viveu boa parte desse período de sua vida longe da realeza, em Paris. Porém, o seu casamento já não ia bem como antes, os motivos são desconhecidos, mas, fato é que a filha de Carlota Joaquina chocou a todos mais uma vez, quando decidiu se separar do marido em 1835.

Depois do divórcio, a mulher passou a viver em Roma, onde se estabilizou e acabou passando os últimos 20 anos de sua vida. A marquesa faleceu aos 50 anos, em 22 de junho de 1857. Seu corpo foi sepultado na cripta da igreja de Santo Antônio, em Roma.

A descendência de Ana se espalhou e foi de grande importância para a nobreza portuguesa, a partir dela vieram as casas: Loulé, Linhares, Belmonte e Azambuja.


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