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Matérias / Personagem

Srinivasa Ramanujan, o gênio da matemática sem qualquer graduação

Profundamente interessado pela área dos cálculos, o jovem indiano desenvolveu uma inteligência incomum já aos 11 anos

Pamela Malva Publicado em 17/05/2020, às 12h00

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Srinivasa Ramanujan, o gênio matemático audotidata - Wikimedia Commons
Srinivasa Ramanujan, o gênio matemático audotidata - Wikimedia Commons

O universo acadêmico, no geral, é repleto de verdadeiros gênios autodidata. De Albert Einstein a Marie Curie, são diversos pensadores apaixonados por algum assunto ou tema, que o desenvolvem durante a vida toda.

Esse é caso de Srinivasa Ramanujan, um matemático indiano que foge de todos os padrões. Apesar de não ter qualquer graduação formal, o intelectual contribuiu para inúmeras áreas da aritmética, como as séries infinitas e as frações continuadas.

De origem simples, o jovem chamava atenção desde a mais tenra idade e, quando resolveu dedicar sua vida aos estudos, nunca mais parou. Sua incrível trajetória foi reconhecida por múltiplos pensadores e instituições.

Retrato de Srinivasa Ramanujan / Crédito: Wikimedia Commons

Em uma casa amarela

Srinivasa Ramanujan nasceu na casa de sua família, em Erode, na Índia, em dezembro de 1887. Seu pai era escriturário em uma loja de saris e sua mãe, dona de casa, cantava no templo da cidade.

Aos cinco anos, Srinivasa foi matriculado na escola infantil de Kumbakonam, em 1892. Na instituição, logo ficou conhecido por ser o melhor aluno de sua turma. Aos 11 anos, ele já estudava temas universitários e, mais tarde, explorou a trigonometria avançada.

Quando atingiu os 13 anos, ele já dominava grande parte das teorias matemáticas e passou a descobrir seus próprios teoremas. No ano seguinte, recebeu seus primeiros prêmios acadêmicos e, aos 17, já não era mais acompanhado por seus colegas e professores, que admitiam não conseguir seguir seus passos.

 Srinivasa Ramanujan (no centro) entre acadêmicos de Cambridge / Crédito: Wikimedia Commons

Uma trajetória acadêmica

Srinivasa formou-se no ensino médio com louvor, em 1904. Pelo incrível desempenho, recebeu uma bolsa no Government Arts College, em Kumbakonam. Como a universidade não focava apenas em matemática, no entanto, o estudante não manteve as boas notas e perdeu o benefício estudantil.

No ano seguinte, o gênio saiu de casa em busca de outras faculdades. Inscreveu-se no Pachaiyappa's College, em Madras, e no Royal Society of Arts, mas foi reprovado em ambas as universidades. Decidiu, então, abandonar os estudos formais.

Por anos, Srinivasa viveu em condições de extrema pobreza. O cenário apenas mudou quando ele conheceu o fundador da Sociedade Indiana de Matemática, V. Ramaswamy Aiyer, em 1910. O jovem prodígio passou a ser reconhecido em círculos acadêmicos.

Com a recente fama, Srinivasa foi matriculado na Universidade de Madras como pesquisador. No ano anterior, casou-se com Janaki Ammal, uma menina de 10 anos de idade — seguindo a cultura indiana do matrimônio prometido pelos pais.

Selo indiano em homenagem a Srinivasa Ramanujan / Crédito: Wikimedia Commons

Um gênio para seu tempo

Uma vez casado, Srinivasa percebeu que precisava procurar um emprego. Assim, ficou na casa de um amigo durante um bom tempo. Ao invés de entregar currículos, o jovem matemático batia de porta em porta, oferecendo seu trabalho como escriturário.

Em meados de 1912, o gênio matemático passou a frequentar uma universidade da Índia. Tendo seu intelec reconhecido pelos professores, Srinivasa foi aconselhado a enviar seus 120 teoremas autorias de geometria para Godfrey Harold Hardy.

O matemático inglês, por sua vez, ficou impressionado com a inteligência do indiano e ofereceu-lhe um lugar em Cambridge, em 1913. Na universidade, Srinivasa desenvolveu seus conceitos durante cinco anos e logo se tornou professor na Trinity College.

Toda a perspicácia e genialidade de Srinivasa, contudo, não sobreviveram à tuberculose contraída pelo matemático. Em 1919, acometido pela doença, o acadêmico retornou à Índia, onde morreu de forma precoce, aos 32 anos.


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