Espada da Idade do Bronze, túmulo de criança de 8 mil anos sem os ossos do braço e da perna e grande casa com templo cristão — confira os achados da semana
Isabela Barreiros Publicado em 08/11/2020, às 08h00
1. Templo e grande casa em Laodicéia
Essa foi a descoberta arqueológica mais lida da última semana, feita na cidade histórica de Laodicéia, no sudoeste da Turquia. Pesquisadores descobriram por meio de escavações uma enorme casa, com um peristilo, e um templo cristão, que tem pelo menos 2.200 anos, datando da era helenística da região.
Segundo o pesquisador da Universidade de Pamukkale, Celal Şimşek, que participou do projeto, “o salão [da casa] no oeste foi organizado para homens e o do leste para mulheres”. Ele explica que o lugar “era usado como residência e local de negócios”.
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2. Espada da Idade do Bronze na República Tcheca
Durante uma prática muito comum na República Tcheca — colher cogumelos —, Roman Novák acabou descobrindo algo muito mais impressionante no distrito de Jeseník: uma espada e um martelo muito bem preservados que datam da Idade do Bronze, com pelo menos 3.300 anos.
Os especialistas que analisaram os artefatos afirmaram que eles foram os objetos mais importantes encontrados no país nos últimos anos porque, de acordo com Jiří Juchelka, chefe do departamento de arqueologia do Museu da Silésia, “é apenas a segunda espada desse tipo a ser encontrada aqui”.
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3. Túmulo de 8 mil anos de criança na Indonésia
Escavações realizadas na Ilha de Alor, na Indonésia, revelaram o túmulo de uma criança que viveu há 8 mil anos e foi enterrada em um ritual peculiar. Com entre quatro e oito anos de idade, ele foi encontrado sem os ossos do braço e da perna, que podem ter sido descartados em outro lugar.
Foi a primeira vez que pesquisadores analisaram o enterro de uma criança do Holoceno médio. A especialista Sofia Samper Carro explica que “pigmento ocre foi aplicado nas bochechas e na testa e uma pedra de paralelepípedo de cor ocre foi colocada sob a cabeça da criança quando foi enterrada".
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4. Espelho de Maria Antonieta na Inglaterra
Não foi preciso nenhuma escavação arqueológica para que um espelho que pertenceu à última rainha da França, antes da Revolução Francesa, Maria Antonieta fosse descoberto na Inglaterra. Uma família ficou chocada ao perceber que o objeto que tinham no banheiro de sua residência era tão valioso.
Depois de análises, supõe-se que o item data do século 18 e fazia parte da coleção dos palácios de Antonieta, na França. Não se sabe qual foi sua trajetória exata para a casa dos britânicos, mas ele ficou pendurado no lavabo como um espelho comum por pelo menos 40 anos.
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5.Placa em relevo em igreja medieval na Bósnia
Ao acaso, durante um processo de conservação, arqueólogos descobriram uma placa de pedra com inúmeros detalhes feitos em relevo em uma das divisórias do altar da Igreja de São Pedro, em um sítio arqueológico na Bósnia e Herzegovina.
Na região, estavam apenas os restos de toda a estrutura, que foi construída durante o século 19. Com esse achado importante, foi iniciado um trabalho arqueológico no local. Segundo o arqueólogo Snjezana Vasilj, “a pesquisa incluiu duas igrejas e, quando terminamos a pesquisa, descobrimos que havia cinco igrejas”.
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6. Bairro de escravos do século 18 nos Estados Unidos
Escavações realizadas no Newtown Neck State Park, em Maryland, nos Estados Unidos revelaram que o local abrigava um bairro de pessoas escravizadas durante o século 18. Arqueólogos chegaram nessa conclusão principalmente por descobrirem restos de cabanas, cachimbos de argila, xícaras de cerâmica, moedas, e outros objetos pessoais.
Essas evidências foram desenterradas perto de uma grande casa de jesuítas missionários que comandavam uma plantação no local. Além disso, um documento também demonstrou que 272 escravos do local foram vendidos em 1838.
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7. Ânfora conservada no fundo de mar croata
Um arqueólogo subaquático desenterrou do fundo do mar que banha as Ilhas Pakleni, na Croácia, uma ânfora, que é um vaso muito antigo, e mais dois recipientes que eram usados para guardar vinho. Segundo os pesquisadores, os objetos remontam ao período entre os séculos 3 e 5.
A descoberta, porém, não foi uma completa novidade, visto que os especialistas já imaginavam que o local poderia guardar itens tão antigos como estes. Um dos vasos era um jarro de mesa, já o outro foi feito para coar o vinho.
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8. 'Selfie’ de pedreiro em catedral espanhola após 900 anos
Jennifer Alexander, pesquisadora da Universidade de Warwick, notou um detalhe muito curioso na Catedral de Santiago de Compostela, na Espanha, que foi construída em 1075 e 1128: ela encontrou uma inusitada 'selfie’ de um pedreiro que trabalhou na catedral no século 12.
A especialista disse: “Ele tem um sorrisinho bonito. Ele está satisfeito consigo mesmo. Ele é esplendidamente esculpido, com um rosto fortemente caracterizado”. Com 30 centímetros de altura, a figura foi esculpida até a cintura.
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9. Descobertas dos períodos romano, saxão e medieval na Inglaterra
No condado de Barking, na Inglaterra, uma obra revelou tanto estruturas quanto objetos importantes que remontam de diferentes períodos da história da região. Próximo das ruínas da Abadia de Barking, notável local histórico, o distrito agora revelará sua própria importância.
Os pesquisadores identificaram dois pequenos edifícios que datam do começo da Idade Média, sob os saxões e uma parede de bloco de giz fino do século 12. Além disso, foram desenterrados material de construção romano, uma colher de osso do começo da Idade Média e uma coleção de moedas de ouro.
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10. Fornos e edifício da Idade do Cobre na Bulgária
No assentamento do Monte Bazovets, na Bulgária, especialistas desenterraram fornos, artefatos e uma construção de argila e madeira datando do período Calcolítico. Os dois fornos de 7 mil anos descobertos foram a descoberta mais impressionante da escavação realizada.
Em cima dos fornos, estavam as as ruínas de uma antiga construção retangular, que permanece misteriosa. Fora as estruturas, os arqueólogos identificaram ainda 57 artefatos da Idade do Cobre, como ferramentas, ossos de animais, cerâmicas e fragmentos de estatuetas.
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