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Juliane Koepcke e Vesna Vulovic: as mulheres que, sozinhas, sobreviveram a desastres aéreos

Confira duas histórias impressionantes de pessoas que venceram o impossível ao se depararem com uma situação extrema

Giovanna de Matteo Publicado em 15/11/2020, às 10h00

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Juliane Koepcke (à esq.) e Vesna Vulovic (à dir.) em uma montagem de imagens - Divulgação/Wikimedia Commons
Juliane Koepcke (à esq.) e Vesna Vulovic (à dir.) em uma montagem de imagens - Divulgação/Wikimedia Commons

Sobreviver a uma queda de avião é extremamente raro, contudo, as histórias de duas mulheres provam o impossível. Elas passaram por situações difíceis, mas, foram capazes de vencer os obstáculos e passar por uma recuperação impressionante após os desastres.

Confira abaixo a luta de Juliane Koepcke e Vesna Vulovic pela sobrevivência em diferentes momentos. 

1.  Juliane Koepcke

Juliane Koepcke nos dias atuais / Wikimedia Commons

Juliane tinha apenas 17 anos quando ela e sua mãe prepararam uma viagem especial de natal. Assim, embarcaram no fatídico voo 508 da LANSA. Os planos da comemoração do feriado foram arruinados, e aquele dia em 24 de dezembro de 1971 logo se transformou em um pesadelo. O avião em que estavam sofreu um acidente que acabou em um grande desastre aéreo. Após a tragédia, 91 pessoas foram mortas, e apenas uma pessoa sobreviveu: Juliane.

Depois de fortes turbulências, o avião foi atingido por um raio. A jovem estava com o cinto de segurança do banco do avião, e sofreu uma queda de quase 3 mil metros. Depois disso, tudo o que Koepcke sabe é que ela acordou no meio da floresta amazônica, com alguns machucados e uma fratura na clavícula.

Nascida em 10 de outubro de 1954 no Peru, ela tinha família alemã. Seu pai, Hans-Wilhelm Koepcke, era biólogo e sua mãe Maria Koepcke era ornitóloga. Eles ensinaram tudo sobre a natureza, já que ela morava perto de uma estação de pesquisa na Amazônia.

Isso foi um ponto importante para a sua sobrevivência: o avião em que estava caiu em meio a essa floresta densa e perigosa, no entanto, a menina já tinha conhecimento sobre o ambiente, representando uma vantagem quando se viu sozinha após o acidente.

Apesar das dores, ela parecia estável, e então pensou que era a hora de agir. A menina coletou alguns doces que caíram do avião, e sobreviveu através deles por alguns dias. Contudo, Juliane passou por maus bocados naquela floresta. Fome, sede e frio foram as únicas companhias que teve. Com seu sapato ela abria o caminho da mata, e procurava pelo rio mais próximo, um lugar que seria mais fácil de ser encontrada por alguém.

Depois de 11 dolorosos dias, ela avistou uma embarcação e fez um sinal para que pudessem notá-la. Os madeireiros que estavam no barco se aproximaram e resgataram a menina. Com sua fluência em espanhol, conseguiu explicar a situação à eles, que de prontidão ofereceram comida e cuidaram de seus ferimentos. No dia seguinte ela finalmente reencontrou seu pai, e pôde voltar para casa em segurança. Infelizmente, o corpo de sua mãe foi encontrado sem vida. 

Juliane se inspira na mãe ao dar continuidade ao seu legado como bióloga na Alemanha. Sua trajetória emocionante também serviu como inspiração para diversas histórias nas telonas, como o filme Miracles Still Happen (1974) e o documentário Wings of Hope (1998).

2. Vesna Vulovic

DC-9 da Yugoslav Airlines semelhante ao que explodiu em 1972 / Wikimedia Commons

Vesna era aeromoça e estava a bordo de um DC-9 da companhia Yugoslav Airlines, trabalhando normalmente como qualquer outro dia. Porém, aquele dia em 26 de janeiro de 1972 entrou para a história.

O voo 367 em que estava partia de Copenhague e iria até Belgrado. Parecia que tudo estava como deveria, entretanto, no meio do trajeto, quando a aeronave já estava a 10 mil metros de altura e sobrevoava uma cadeia de montanhas da antiga Tchecoslováquia as coisas ficaram estranhas.

Foi quando o compartimento de bagagem sofreu uma enorme explosão que causou uma ruptura do avião no meio do ar. Ali estavam 28 pessoas a bordo, tanto passageiros e tripulantes. Vesna, que tinha 22 anos, foi a única sobrevivente da tragédia.

De acordo com as investigações, a comissária teria ficado presa na parte de trás do avião por um carrinho de comida. Por sorte, a cauda da aeronave foi exatamente a parte que caiu direto em uma montanha, repleta de árvores e neve. Desse modo, a queda foi menos brusca e Vesna conseguiu sair com vida.

Pouco tempo depois, o resgate chegou e Vesna foi encontrada com vida, sendo rapidamente levada ao hospital. Ela estava com sérias fraturas no crânio, pernas, pélvis, costelas e duas vértebras, que a fez ficar 10 dias em coma.

O acidente causou uma paraplegia, mas com o tempo ela conseguiu se recuperar totalmente e voltou a andar e trabalhar na mesma companhia aérea, dessa vez como balconista do check-in. 

Em 2009, dois repórteres investigativos alegaram que o avião teria sido derrubado em uma ação da Força Aérea tcheca, que teria confundido o voo doméstico com uma aeronave inimiga. A acusação foi baseada em documentos da aviação civil da antiga Iugoslávia.

Entretanto, o que foi confirmado é que Vesna entrou para o Guinness World Records em 1985 como a única sobrevivente da maior queda livre sem paraquedas. Depois de um tempo ela ficou famosa pelo caso, e virou ativista política contra o nacionalismo pelas duas décadas seguintes.


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