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Bizarrices que viraram cinema: as mulheres criminosas que viraram filme

A ‘Orfã 2’ chegou aos cinemas, e não dá para acreditar que aquela perturbadora menina existiu, mas não é só ela que vai fazer com que você avalie bem as pessoas que entram em sua vida

Daniel Bydlowski, cineasta* Publicado em 24/09/2022, às 12h00

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Cena de 'Monster: Desejo Assassino (2003)' - Reprodução/Vídeo
Cena de 'Monster: Desejo Assassino (2003)' - Reprodução/Vídeo

No último dia 15 estreou o longametragem ‘A Órfã 2’, que conta a história de Esther, uma personagem com hipopituitarismo, enfermidade que faz com que a pessoa tenha baixa estatura, infertilidade e se pareça com uma criança.

No primeiro filme, dirigido por Jaume Collet-Serra em 2009, a pequena mulher é adotada por uma família e faz da vida dos pais adotivos um verdadeiro filme de terror, até que todos descobrem que ela não é uma criança, como se faz passar.

Já no longa que estreou em 2022, com William Brent Bell no controle, a vida da pequena terrorista de famílias é contada antes do primeiro, e promete muitos momentos apavorantes. Porém, o mais bizarro, e que a maioria já sabe, é que a história é baseada em fatos.

A personagem mata colegas, irmão, tenta dormir com o pai adotivo, faz a mãe se passar de louca, tudo muito assustador na cabeça de qualquer pessoa que pense em deixar alguém conviver com a sua família. E o cinema imita a vida, portanto, confira outros casos reais de mulheres que se tornaram extremamente apavorantes e foram parar nas telonas.

1. Almas Gêmeas (1995)

Com a direção de Peter Jackson, o longa conta a história de duas amigas adolescentes que acabam assassinando a mãe de uma delas. A motivação vem da crescente relação obsessiva de amizade que criaram e deixou seus pais preocupados. Ameaçadas por uma possível separação, começam um plano de vingança contra todos.

Crédito: Divulgação

A história real aconteceu nos anos 50, Paulina e Juliet só queriam ser amigas, para elas, segundo o diário de uma das assassinas, não estavam cometendo nenhum mal, mas sim, apenas se defendendo para que pudessem ser amigas para sempre.

Atualmente, Pauline é dona de uma escola de equitação para crianças, e Juliet é escritora best seller e atende pelo pseudônimo de Anne Perry.


2. Monster: Desejo Assassino (2003)

Desta vez a mulher assassina é Aileen Wuornos, marcada pelo abuso sexual e uso de drogas, o filme inspirado em sua tragédia de vida é dirigido por Patty Jenkins. 

Quando se viu sem um caminho melhor, Aileen começou a se prostituir até que foi pela primeira vez agredida por um cliente e o matou em legítima defesa. Porém, o fato impulsionou a cometer muitos outros crimes, o que a tornou a primeira serial-killer mulher da história dos Estados Unidos.

Condenada a morte por mais cinco crimes, dos quais se tem conhecimento, não utilizou em juízo uma arma que poderia ter mudado o rumo da história, sua primeira vítima de assassinato foi um criminoso condenado a 10 anos de prisão por crimes sexuais.

De qualquer forma, ela já estava contaminada, com raiva de toda sua história e dos homens os quais atendia. Até hoje, não se sabe exatamente o que aconteceu, seu caso é extremamente envolto de mistérios e conflitos.


3. Karla: Paixão Assassina (2006)

Quantas histórias ouvimos de mulheres influenciadas pelos seus parceiros de relações amorosas. E essa é o caso de Karla. O enredo do filme, assim como a história real, é pesadíssimo.

A primeira vítima desta mulher é sua irmã, a quem oferece de bandeja ao namorado para ser estuprada e depois morta. Foge e casa-se com o sujeito, chamado Paul Bernardo.

Como sua cúmplice, que não se sabe exatamente se gosta ou faz por medo de perdê-lo, comete mais dois assassinatos em dupla, de que se tem conhecimento.

Porém, o filme a coloca como uma sádica mesmo, e segundo o diretor Joel Bender, tudo foi baseado em relatórios policias, nas sessões de Karla com seu psiquiatra, e nas fitas filmadas pelos próprios assassinos.


4. Um Crime Americano (2007)

A mente do ser humano realmente é terra inexplicável. Às vezes não dá mesmo para compreender que reação química cerebral faz uma pessoa capaz de atrocidades contínuas. Agora a história é de Gertrude Baniszewski.

As dificuldades financeiras a levaram a cuidar de duas crianças de uma mulher que trabalhava no circo. Com mais quatro suas, ao todo seis menores ficavam sob seus cuidados. Isso foi um prato cheio para a sua desestabilização.

A sua natureza instável começou a aflorar, principalmente, após os pagamentos para cuidar das crianças da circense começaram a atrasar.

Sylvia e Jennie, as meninas deixadas para Gertrudes, sofreram muitas crueldades e torturas na mão da senhora que parecia acima de qualquer suspeita, até que a morte de uma delas acontece.

Na ficção, a trama foi dirigida por Tommy O'Haver e não mostra nem metade do que essa mulher foi capaz.


5. A Condessa (2009)

Não é só na modernidade que vemos a barbárie, antigamente o sistema era caótico. Este longa, dirigido por Julie Delpy, conta a história da condessa Erzsebet Bathory, uma nobre húngara que muitos dizem que não é uma lenda, mas sim uma história real.

A condessa era obcecada pela juventude, não admitia envelhecer, e para isso, começou a matar jovens virgens para se banhar com o sangue delas e preservar o seu corpo e rosto.

Acredita-se que ela tenha matado 650 meninas, o maior número de mortes atribuídas a uma mulher. Tudo aconteceu em 1.610 e reza a lenda que foram achados os nomes dessas garotas em um caderno de anotação da chamada condessa de sangue.

A nobre senhora foi julgada e considerada culpada por todos os crimes, sendo sentenciada a permanecer trancada numa cela escura pelo resto de sua vida.


Sobre o cineasta

O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos. Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em NewPort Beach como melhor curta infantil, no Comic-Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.